Imunoterapia
21:22 | Author: Anónimo
Os cientistas têm vindo a desenvolver modificadores da resposta biológica (agentes com capacidade de lise tumoral), com o objectivo de aumentar a capacidade de lise tumoral), com o objectivo de aumentar a capacidade do sistema imunitário para detectar e eliminar o cancro.

Estes modificadores são utilizados para:


- Estimular a resposta antitumoral do corpo;

- Actuar directamente como agentes destruidores de tumores;

- Travar os mecanismos normais do corpo que diminuem a resposta imunitária;

- Alterar células tumorais;

- Aumentar a tolerância do organismo à radioterapia e quimioterapia.

Um dos modificadores biológicos mais conhecido e mais utilizado é o interferão e embora os seus mecanismos de acção não sejam totalmente conhecidos este é importante no tratamento de diversos cancros. Através da sua utilização têm sido obtidos excelentes resultados (incluindo algumas remissões completas) em cerca de 30% dos doentes com sarcoma de Kaposi, em 20 % dos jovens com leucemia mielóide crónica e em 15 % das pessoas com carcinoma das células renais.


É de realçar que o interferão prolonga também, o período livre da doença em doentes com mieloma múltiplo e alguns tipos de linfomas que estão em remissão.

Na terapia com células assassinas (killer cells), são extraídos linfócitos (um tipo de glóbulos brancos do sangue) de um doente com cancro. Já em laboratório, estes são expostos a uma substância chamada interleucina-2 (um factor de crescimento dos linfócitos-T) de forma a criar células assassinas activadas pela linfoquina. Estas células distinguem-se das células naturais do corpo pelo facto de possuírem uma maior capacidade para detectar e destruir as células cancerosas. As novas células são então injectadas no doente. Embora cerca de 25 % a 50 % das pessoas que têm melanoma maligno ou cancro do rim tenham respondido bem a esta terapia, esta encontra-se ainda numa fase experimental.

A terapia humoral (anticorpos) leva o organismo a produzir anticorpos. Substâncias como os extractos de bactérias da tuberculose atenuadas, que aumentam a resposta imunitária, foram experimentadas em alguns cancros. Ao injectar-se as bactérias da tuberculose directamente num melanoma, consegue-se na maior parte das vezes, uma recessão do cancro. Por vezes, este efeito também se observa nos tumores que se espalharam para outras partes do corpo (metástases). Alguns médicos também usaram, com êxito, as bactérias da tuberculose para controlar o cancro da bexiga que ainda não invadiu a parede da mesma.

Existe ainda uma outra proposta experimental que consiste em unir os anticorpos específicos contra o tumor com os medicamentos anti-cancerígenas. Desta forma, os anticorpos, produzidos no laboratório e injectados num doente, guiam os medicamentos até às células cancerosas. Por outro lado, e ao mesmo tempo, outros anticorpos criados em laboratório podem aderir às células cancerosas e aos linfócitos assassinos, o que leva à destruição da célula cancerosa. Até agora, essa investigação não se pode aplicar de forma ampla em nenhum esquema de tratamento de cancros.

Os cancros e as suas metástases podem invadir e, desse modo, alterar a função de um órgão ou exercer pressão nos tecidos que os rodeiam. Em qualquer um dos casos estas mudanças podem provocar uma grande variedade de sintomas e de problemas médicos. Nos doentes com cancro metastático, a dor muitas vezes sentida pode ser causada pelo crescimento do cancro dentro do osso (que não se expande) ou então pela pressão provocada sobre os nervos ou sobre outros tecidos.

Muitos tipos de cancro podem também produzir certas substâncias, como hormonas, citocinas e proteínas, que afectam a função de outros tecidos e órgãos, originando muitos sintomas denominados síndromas paraneoplásicas.



Interferão

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