Cancro
21:47 | Author: Anónimo
Factores de risco



Uma grande variedade de factores genéticos e ambientais contribui para o aumento do risco de desenvolvimento de um cancro.

O historial da família é um factor muito importante, uma vez que algumas famílias têm uma maior predisposição para desenvolver determinados tipos de cancro. Por exemplo, a probabilidade de desenvolver o cancro da mama na mulher aumenta de 1.5 a 3 vezes se a mãe ou a irmã tiverem esse tipo de cancro. Alguns cancros da mama estão também ligados a uma mutação genética específica com maior incidência em certos grupos étnicos e em algumas famílias (as mulheres que possuem esta mutação, têm entre 80% a 90% de probabilidade de desenvolver cancro da mama entre 40% a 50% de desenvolver cancro do ovário).Os indivíduos com anomalias cromossómicas, têm também um risco acrescido de contrair esta doença. Assim sendo, os indivíduos que têm Síndrome de Down (possuem 3 cromossomas em vez dos habituais 2 no par 21) têm entre 12 a 20 vezes mais hipótese de vir a sofrer de leucemia aguda.


Como já referimos anteriormente, os factores ambientais também influenciam a probabilidade de contrair cancro. Um dos factores mais conhecidos é o tabaco, uma vez que aumenta de forma significativa a hipótese de um indivíduo vir a contrair cancro do pulmão, da laringe, da bexiga e da boca. Um outro factor é a exposição prolongada ao sol e consequentemente à radiação ultravioleta que pode causar cancro de pele. A probabilidade de contrair cancro também varia de acordo com o lugar onde vivemos (no Japão o risco de cancro da mama e do cólon é baixo, mas a sua incidência aumenta nos japoneses que emigram para os Estados Unidos). Esta variação no risco de contracção do cancro consoante as mudanças geográficas deve-se a vários factores, entre os quais, o tipo de dieta, o meio ambiente e a combinação génica.


A dieta também afecta o risco de contrair cancro, principalmente o cancro que afecta o sistema gastrointestinal. Enquanto que uma dieta rica em fibras reduz a probabilidade de desenvolvimento do cancro do cólon, uma dieta rica em alimentos fumados e picantes aumenta a probabilidade de desenvolvimento de cancro do estômago. O consumo excessivo de álcool aumenta também a probabilidade de contrair cancro do esófago.


A exposição regular a determinadas substâncias químicas pode também aumentar de forma significativa (por vezes anos mais tarde) a hipótese de virmos a ter um certo cancro. A exposição ao amianto pode, por exemplo causar cancro do pulmão e da pleura. Certos cancros podem ser também causados por parasitas. O Schistosoma pode provocar cancro da bexiga, conduzindo a uma irritação crónica da mesma. Ainda assim, existem outras causas que provocam a irritação crónica da bexiga, não provocando cancro.


A figura seguinte representa o papel dos genes e do meio ambiente no desenvolvimento de diversos tipos de cancro:





A - Percentagem com que contribuem os factores genéticos e os factores ambientais no risco de contrair cancro: 5 a 10% e 90 a 95%, respectivamente.

B - Factores de risco familiares de diversos tipos de cancro.

C - Percentagem com que contribuem os factores de risco ambientais.

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